Características gerais dos seres vivos.
Características dos seres vivos
Os
seres vivos apresentam características gerais que permitem diferenciá-los dos
seres não vivos.
Costumamos ouvir que os seres vivos
nascem, crescem, reproduzem e morrem. Entretanto, existem características ou
funções fundamentais que em conjunto podem definir aquilo que chamamos de vida.
A seguir, descrevemos 12 das características que
permitem identificar um ser vivo.
1. Organização celular
Os seres vivos são formados por células.
Eles podem apresentar uma célula (seres unicelulares) ou várias células (seres
pluricelulares).
As células são estruturas altamente
organizadas e funcionam coordenadamente. Nos seres multicelulares, células
semelhantes se combinam para formar os tecidos, que participam da construção
dos órgãos. Uma organização mais elevada é a formação dos sistemas de órgãos.
A maioria dos autores indicam que todos
os seres vivos são formados por uma unidade funcional e estrutural: a célula.
De acordo com a estrutura celular, os organismos vivos podem ser simples, como
bactérias, ou complexos, como os seres humanos. Os vírus são considerados por
muitos estudiosos como seres vivos, mas são os únicos que não possuem células.
2. Composição química
Os seres vivos são formados basicamente
por uma junção de elementos químicos, chamados de bioelementos ou elementos
biogênicos, que constituem a matéria viva.
A tabela periódica agrupa os 118
elementos químicos conhecidos e destes, carbono (C), oxigênio (O), hidrogênio
(H) e nitrogênio (N) são os bioelementos primários.
Os
bioelementos primários mais fósforo (P) e enxofre (S) constituem
aproximadamente 98% da massa corporal de um ser vivo.
3. Metabolismo
Todos os seres vivos apresentam metabolismo,
que corresponde à junção de todas as reações químicas interligadas dentro de um
organismo.
O objetivo do metabolismo é controlar a
energia e os recursos materiais para suprir as necessidades de um ser vivo. As
diversas reações em uma célula fazem com que ela se mantenha viva, com
capacidade de crescer e se dividir.
O metabolismo pode ser classificado em
dois grandes processos: anabolismo (reações de síntese ou construção) e
catabolismo (reações de degradação ou quebra).
4. Crescimento e
desenvolvimento
Os seres vivos crescem ao longo da vida
e aumentam de tamanho ou massa seca (sem levar em consideração a água do
organismo). Consequentemente, o número de células no organismo aumenta.
O crescimento e o desenvolvimento seguem
padrões, que envolvem genética, hormônios, nutrição e metabolismo. As células
podem passar por um aumento de volume (hipertrofia) ou multiplicação que
origina novas células (hiperplasia).
5. Reprodução
Os seres vivos são capazes de reproduzir
e aumentar o número de componentes da sua espécie através de seus descendentes.
Essa capacidade de reprodução pode ocorrer de diferentes maneiras, dependendo
do organismo.
Seres
unicelulares duplicam seu material genético e dividem-se, originando células
novas a partir de uma célula-mãe. Já os seres pluricelulares apresentam células
especializadas em reprodução, que são chamadas de células germinativas
reprodutivas.
A reprodução pode ser classificada em
sexuada, pela união de gametas dos progenitores, ou assexuada, que forma
organismos geneticamente idênticos.
6. Hereditariedade
A hereditariedade pode
ser definida como a capacidade de transmitir informações genéticas entre os
indivíduos de uma mesma espécie para que suas características sejam mantidas de
uma geração para outra.
Essas informações são transmitidas
através de genes, unidades funcionais da hereditariedade, que consistem em
fragmentos sequenciados de DNA.
7. Nutrição
Os organismos vivos precisam se
alimentar para adquirir nutrientes e energia para sua sobrevivência. De acordo
com a nutrição, os seres vivos são classificados em autotróficos e
heterotróficos.
Os seres autotróficos conseguem produzir
seu alimento a partir de materiais sem vida através de processos como, por
exemplo, fotossíntese e quimiossíntese. Já os seres heterotróficos são nutridos
a partir de outros seres vivos, retirando moléculas orgânicas.
8. Processamento de
energia
Os seres vivos precisam de uma fonte de
energia para sobreviver e realizar as atividades celulares.
A respiração celular é
uma reação química que ocorre dentro das células e é responsável por liberar a
energia absorvida através dos alimentos.
Nesse processo, ocorre a quebra das
moléculas de nutrientes e a energia liberada é aproveitada pela célula para
desempenhar suas funções.
Nas plantas, por exemplo, a energia
absorvida do Sol é transformada em alimento através da fotossíntese.
9. Irritabilidade
Os seres vivos são capazes de reagir a
estímulos e detectar alterações no meio em que estão inseridos. Essa
característica recebe o nome de irritabilidade.
As respostas aos estímulos recebidos
podem ser positivas, quando a resposta é dada em direção ao estímulo, ou
negativas, para que o ser se afaste do que foi detectado.
Sensibilidade é diferente de
irritabilidade. A sensibilidade é uma característica exclusiva dos animais, que
podem responder de diferentes formas a um estímulo.
10. Movimento
Os seres vivos são capazes de se
movimentar, sair de um local ou mudar de posição. Por exemplo, os animais podem
percorrer distâncias ao se locomoverem, e as plantas se curvam em direção ao
Sol.
O movimento pode ser perceptível pela movimentação externa, como reação aos estímulos, ou pode ocorrer com as estruturas dentro do próprio organismo. Por isso, o movimento é necessário para a manutenção da vida.
11. Homeostase
A homeostase,
interpretada como “estado estável”, é o mecanismo que garante que as condições
internas necessárias para o funcionamento do organismo sejam mantidas
constantes.
Temperatura e concentração de
substâncias químicas são exemplos de fatores regulados nos seres vivos.
12. Evolução e
adaptação
A evolução biológica faz parte da
adaptação dos seres vivos. Um ser vivo pode passar por um processo de
modificação para ajudá-lo a sobreviver no ambiente e dar continuidade à
espécie.
A evolução está
relacionada com a diversidade dos seres vivos, em um processo de
desenvolvimento a partir de um ancestral comum ou de seleção natural. A
adaptação pode ser vista como uma estratégia de defesa para manutenção da
espécie, como é o caso da camuflagem.
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